Junho: mês do orgulho LGBTQIA+ — e o convite para olharmos além das cores
- Vanessa Molina

- 3 de jun.
- 2 min de leitura

Junho chegou e, com ele, as cores do arco-íris começam a aparecer em muitas vitrines, campanhas e perfis nas redes sociais. É bonito de ver. Mas também é tempo de fazer uma pausa e lembrar por que esse mês existe — e o quanto ainda precisamos avançar.
O mês do orgulho LGBTQIA+ é um lembrete de luta, resistência e pertencimento. Ele nasceu de um grito por dignidade, há mais de 50 anos, quando pessoas LGBT+ se rebelaram contra a violência policial no bar Stonewall Inn, em Nova York. Desde então, muita coisa mudou. Mas o preconceito, o medo e a exclusão ainda são realidade para muita gente — inclusive no ambiente de trabalho.
Os números falam por si
O Brasil continua sendo um dos países que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo. Segundo o relatório da ANTRA, em 2024, quase 80 pessoas trans foram assassinadas — uma média de mais de 1 morte por semana. E isso é apenas o que conseguimos registrar.
Além disso, dados do Grupo Gay da Bahia mostram que a cada dois dias, uma pessoa LGBTQIA+ é vítima de morte violenta no país. Essas mortes não acontecem por acaso: elas são resultado direto da intolerância, do ódio e da omissão social.
E mesmo onde não há violência física, há exclusão: muitos profissionais LGBTQIA+ ainda enfrentam dificuldades para serem contratados, promovidos ou até respeitados em seus ambientes de trabalho.
Por que precisamos falar sobre isso dentro das empresas?
Porque o ambiente corporativo, que deveria ser um espaço de crescimento, muitas vezes se torna um lugar de silêncio, autocensura e sofrimento para pessoas LGBTQIA+. São microagressões, piadas disfarçadas, olhares desconfortáveis — ou simplesmente a falta de espaço para existir com tranquilidade.
E isso tem consequências sérias: não se sentir seguro impacta diretamente a saúde mental, a autoestima e a produtividade.
Criar ambientes mais diversos, seguros e respeitosos não é apenas o “certo a fazer” — é urgente.
Ir além do arco-íris
Não se trata apenas de mudar a logo para as cores do orgulho em junho. Trata-se de construir, com consistência, uma cultura onde todas as pessoas possam ser quem são, sem medo.
E isso começa com pequenas escolhas: ouvir histórias reais, abrir espaços de fala, repensar políticas internas, capacitar lideranças, revisar o que é tolerado (e o que não pode mais ser aceitável).
Na Theya, acreditamos profundamente nisso. Já estivemos em empresas para falar sobre segurança psicológica para mulheres, sobre inclusão da população LGBTQIA+ e sobre os desafios de ser quem se é num mundo que ainda insiste em enquadrar. E o que vemos, cada vez mais, é que há disposição — só falta apoio e direcionamento.
Que tal começar agora?
Se você faz parte de uma empresa e quer fazer diferente neste mês do orgulho, estamos aqui. Podemos conversar, construir juntos uma ação significativa, e dar espaço para que o orgulho não dure só 30 dias — mas se transforme em pertencimento o ano inteiro.
Vamos juntos?🏳🌈
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